quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Flor Caveira


Já e ordinário ouvir falar de pontos negros ou Tiago guillul, mas agora de João coração? Fosse ele quem fosse tem o seu nº 1 sessões de Cezimbra, entre os destaques duma superfície de não mencionável nome. ouvia-o. O número das canções ia em gradativo crescendo e com a paixão que por este sentia o mesmo sucedia. Sente-se o fado, o patriotismo de um indomável romântico, a sua apetência pelo pecado (apesar de estarem na sua aura vincados indicadores de crença na providência)...
Por ele veiculam boas imagens, se soltam cupidos e matrimonialmente se desvenda a voz ocultada pelo fervoroso amor que sente. Claro está, sem dispensar a participação dos seus irmãos da flor caveira.
Duma escrita bastante sóbria resultam novos rumos que são percorridos e encontrados ao longo da sua audição. Este gent nao deve mais ao sacerdocio ou ao patriarcado, pelo menos, mais do que eles lhe devem a ele. Orou o que havia para orar.

sábado, 22 de novembro de 2008

40 Anos de Arte, Criatividade e Brancura

Foi há quarenta anos, no dia 22 de Novembro, que Os 4 de Liverpool lançaram aquele que viria a ser um dos mais aclamados álbums de sempre. Um conjunto de trinta músicas, seguindo o exemplo do disco duplo de Blonde on Blonde, revelando um enorme conjunto de experiências, de rasgos de inspiraçao, daquilo que, no fundo, era a mente de cada um, uma mistura entre o passado, o futuro e, acima de tudo, o presente. Uma euforia que deixou de ser conjunta para passar a individual, desvanecendo-se cada vez mais, uma riqueza criativa crescente, com uma aplicação extraordinária de toda uma experiência angariada nos únicos inimagináveis 8 anos de carreira séria, em que viajaram de pubs perdidos nas sujas cidades inglesas, que, anos depois, serviriam de palco para o movimento punk, até às coloquiais salas em que a alegria de ser jovem reinava, juntamente com a expansão do culto da droga, junto de mestres como Bob Dylan e de pupilos como os Rolling Stones. Basicamente um registo, uma impressão daquilo que lhes saía do corpo, depois de 8 anos de intensivo cultivo e mutação. Um álbum que é fruto do presente, o ponto de viragem entre a utopia do futuro e a melancolia do passado.


Deixo-vos com o texto publicado no blog sound + vision nste mesmo dia e com este mesmo propósito:

Em 1968 o rock’n’roll acordou do garrido e inspirador sonho caleidoscópico em que vivera entre 1966 e 67, e acordou perante os pesadelos do mundo real. O Vietname em guerra e os protestos pela paz. As mortes de Luther King e Robert Kennedy a assombrar um ano eleitoral americano que termina com a primeira vitória de Nixon. A resposta totalitária e implacável à breve “Primavera” em Praga. O fim derrotado (apesar das conquistas entretanto lançadas para sociedade) dos que saíram às ruas de Paris, no mês de Maio...Os pesadelos chegavam do mundo em seu redor, mas também de dentro do próprio universo do rock’n’roll. Os Pink Floyd perdiam Syd Barrett. Brian Jones dava o seu último concerto com os Rolling Stones que entravam em nova etapa de vida ao som de Beggars' Banquet. Os Beach Boys viviam na pele um ano de desaire, com evidente fuga de velhos admiradores para outras paragens. Enquanto isto, em Londres, os Beatles apresentavam um novo álbum. A 22 de Novembro. Faz hoje 40 anos.A história do disco começa alguns meses antes. Em Maio de 1968, depois de chegados de uma temporada na Índia (em meditação com o Maharishi Mahesh), reúnem-se em casa de George Harrison para trabalhar. Gravam 23 maquetes e definem o caminho para o que seria um novo disco. Acabaria por se chamar simplesmente The Beatles. Seria um álbum duplo, e um dos mais importantes da sua obra. Mas os quatro músicos sentiram, ao gravá-lo, que era o princípio do fim. Como reacção ao excesso de informação de Sgt. Peppers (de 1967), optaram por uma simples capa branca, aí nascendo o nome White Album (o tal Álbum Branco) pelo qual ficou conhecido.O disco revelava uns Beatles mais versáteis que nunca, num alinhamento de grandes canções (como Back in the USSR, Savoy Truffle, ou Dear Prudence) que ia das mais discretas baladas ao mais intenso hard rock. Não faltavam motivos para aclamar, novamente, uma banda que escrevia a história... Mas poucos imaginavam quão assombrado todo o projecto nascera. Com apenas uma canção de Lennon e McCartney verdadeiramente escrita a dois (apesar de todas serem co-assinadas), o disco revelava uma evidente separação de interesses. Paul cantando essencialmente o amor, John ensaiando um registo mais crítico e aguerrido. George e Ringo também presentes como autores.Primeiro disco gravado depois da criação da Apple Corps, era um álbum feito por músicos que agora também eram empresários. A morte de Brian Epstein e a presença de Yoko Ono sublinharam um clima que acabou expresso num álbum fruto do seu tempo. Um álbum de 1968, o ano um depois do sonho psicadélico.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"and in the end, the love you take is equal to the love you make"

Como o distante tilintar de um qualquer piano, perdido, num qualquer cabaret, onde o condensado cheiro a tabaco e o livro de cima da mesa reavivam velhas memórias, para as lembrar que não passam senão disso, memórias, dando tudo o que havia e ainda há para dar, libertando o último suspiro, mas talvezo mais profundo, depois de um longo e cansativo dia de trabalho, Abbey Road apresenta um decaír da sociedade, de todos os princípios, da subjectividade da realidade, de uma banda que representou todo um movimento que hoje sustenta a complexidade da base artística em que vivemos. Todo um individualismo arrepiante, não tanto para o ouvinte, mas para o autor em si, destinado ao fim, e que num rasgo de inconsciência artística, nos tenta dar, ou tenta dar a si mesmo aquilo para que foi feito, a arte pura. O fim estava próximo, a euforia acabara já em The Beatles, o espectro do futuro era presença constante no estudo, sob a forma de Ono, a ânsia de poder começava a crescer nas mentes, a consciência de si mesmos, a dignidade de cada um e o respeito para com cada um fizeram-se ouvir, mas já todos o sabiam, o pavio há muito que se apagara. O experimentalismo futurista, as baladas prolongadas, as tentativas de parar a sequência natural dos acontecimentos, já por si conscientes do falhanço, a necessidade de se afirmar, e os rasgos melancólicos de súbita consciência, obscura, assombrosa e carregada de passado. A vida acabou ali, naquele momento parado no tempo, finalizando todo um ciclo que provavelmente nunca se voltará a repetir. A vida de uma década que construiu o mundo, a arte, e cuja influência constitui hoje a maior parte do nosso ser. A seriedade das músicas não engana, tal como a expressão daqueles quatro rostos naquela manhã de Agosto, a melancolia, a ânsia de acabar e de ao mesmo prosseguir, a explosão de arte, de sabores, de tudo o que acontece sepre que ouvimos um "something in the way she moves", ou num "here comes the sun king", em todos os mais pequenos momentos ao longo das dezassete composições d'Aquele Álbum, desde a monotoneidade rebumbante de "I Want You (She's So Heavy)" à esquecida por muitos "Her Majesty", na rajada do medley, das sete músicas interligadas extraordináriamente, criando quase como um organismo vivo cpaz de destruir o nosso, ou na assombrosa "Because". Hoje, dos quatro, dois vivem, mas naquele preciso momento, naquele vislumbrar momentâneo de um traunsente, naquele disparar fotográfico, nenhum deles sobreviveu ao fim, à fotografia que permanecerá para sempre como o momento da morte, da apoptose da arte, e do nascimento de um Homem Novo. A passadeira não mais será transposta.

"Esta gente parece ter alma, porque a música está a tocar"
José Gomes Ferreira

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Thom yorke & Bjork - " Náttúra "



Que posso eu dizer senão "magnifica conivência"?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"Ai Portugal meu país cheio de sonho",

parece que o citar d'Os Pontos Negros serve apenas e fundamentalmente para nos descairmos sobre o estado da música portuguesa, nos últimos anos em catadupa. Todavia há mais que uma mera vertente musical neste contexto, é por este meio também ecoado o permanente e actual lamento da nossa nação.
Estes indivíduos, cujo nome, ao contrário do que glorificam,que remete para a sua sujidade jovial, não são nada menos que "profetas"(pois mortificam uma limpeza demasiado madura). Bem mais importante que a mensagem de que é necessário um tumultuoso número de perseguidores seus, é a ideia de prestar contas com determinados seres, de entre os quais muitos entes da burla (seres esses, como é claro, sem precedentes) pertencentes a entidades de nome de infímo prestigio, tão pouco que o nome mal merece ser mencionado num blogue, que fragmentaram o poder ideológico e histórico que a este país é inerente.
Formulando uma despedida, afirmo e exponho que é deveras necessário, para concretizar o sonho que este povo tão pouco vê realizado, uma infinidade de retóricas de maioridade mental, salvando nos assim desta lacuna. Precisamos de um isótopo nosso, qualitativamente semelhante a BOB DYLAN!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

7 de Outubro

Foi neste dia, deste mesmo mês, que há quarenta anos atrás veio ao mundo um dos maiores génios musicais da actualidade. Através de 7 álbuns editados com os Radiohead, mais um grande álbum a solo, veio comprovar o seu infindável e crescente fluxo de criatividade, mestria instrumental e capacidade estética. É, portanto, dever geral congratular este grande artista de quem tivemos ao benefício de ser contemporâneos.

Tell Tale Signs - The Bootleg Series Volume 8


E, depois de um longo tempo de espera, já saiu.




Álbum essencial para todos os apreciadores de Dylan e de música em geral.

sábado, 4 de outubro de 2008

Conferiu-se em Leonard Cohen, a transversalidade

Quero aqui recordar

o Cohen. ele que ainda não morreu, mas merece uma infinidade de tributos. Apesar de ouvir falar dele e nas todas suas 11 obras literárias, a música dele, que remete peremptóriamente a Ele, como também para a força, sexualidade e vitalidade, sempre me foi desconhecida. Contudo, ontem liguei o aipode nano e a minha anarquia levou me à letra L que, por sua vez, me encaminhou para Leonard Cohen cuja obra profética passível de ser ouvida dava pelo nome de Songs of Leonard Cohen, comprovando então a completa falta de coesão entre o nome nano, do ipod, e o seu incomensurável e sublime conteúdo. Aquele degolador judeu siderou me. Compreendo agora todos aqueles que o ouvem, e que com esse mesmo zumbido tocam até mais não, excluíndo o não da sua comunicação (comunicação essa, de toda a ordem).
A vassilagem que a ele é prestada transformou se em complemento físico e psicológico para aqueles que com isso cumpriam e a avaliar pelo modo de estar ou disposição dos seus fans, feliz, e justificavel a apelidação de génio. Assim, encontramos o ente mais próximo D'ele, Leonard Cohen. visitem-no. http://www.leonardcohen.com/

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

The Chestnut Tree Café. ...it was all right, everything was all right, the struggle was finished. He had won the victory over himself. He loved Big Brother.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bob Dylan


Só para informar quem quiser ouvir o Tell Tale Signs,
está disponível a sua audição livre em http://www.npr.org/.









Sentado Com O Poeta Carlos Queirós No Cabaré Mecânico Instalado Durante O Carnaval No Antigo Jardim De Inverno Do Teatro De S. Luiz
E aqui estou à espera
Com este destino de dar sombra aos muros
Mas à espera de quê?
Que o despenhar do abismo me crie, enfim, asas?

Todos querem esquecer-se!
Todos querem esquecer-se!

E vêm pálidos lá de fora
Do caos das pedras e das nuvens
Dançar na pista a alegria de durar
Enquanto a orquestra ri mais alto em foxtrot.

Todos querem esquecer-se!
Todos querem esquecer-se!

E mostram com volúpia os olhos vazios
Aonde a música adiou para amanhã
O poiar do sofrimento em pântanos de cinza.

Todos querem esquecer-se!
Todos querem esquecer-se!

Sim, todos, todos.

Até tu, que dependuraste o suicídio no bengaleiro.
E tu, que deixaste à porta o desejo da tua mulher moribunda.
E tu, que andas a dançar com os gritos da rapariga violada no sótão.

E tu, e tu, e tu!

Todos querem esquecer-se!
Todos querem esquecer-se!

Só eu não!
Só eu vim para me lembrar dum crime qualquer,
Que cometi não sei onde nem quando, ou talvez nem cometesse.
Mas porque é que esta música me arranha o coração?
Um remorso de lágrimas de areia,
À procura de olhos
José Gomes Ferreira

Reckoner

Mais uma vez, os Radiohead nos surpreendem. Depois do anterior lançamento de Nude, desintegrado em 5 partes, cada uma representando um instrumento, livre para qualquer remix que possa ser feita e depois publicada no site, chega a vez da desconcertante Reckoner. No entanto, desta vez ligeiramente diferente, pois em vez de ser posta à venda como várias músicas e por isso requesitando os clássicos 0.99 euros por cada uma, ficando algo caro, é vendida como música única que é, o que torna então mais acessível a compra. Música curiosa, já bem ouvida, e que devido aos grandes períodos de silêncio e à monotonia dos instrumentos, a torna extremamente agradável.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Allen Ginsberg desenha?

Parece que sim, e não é o único escritor que nos impressiona com manuscritos de conteúdo diferente do costume, e que a si são atribuídos. Dadas as circuntâncias, nem imaginam o que vos espera. Os desenhos desse demais podem ser observados na galeria de exposições temporárias do museu berardo( que se apoderou de estranho modo do centro cultural de belém). Visitem, não só se enriquecem visualmente como acabam por ver um warhol ou dois(ainda para mais grátis!).


Do dissociado de mister jones, o seu e vosso companheiro de quarto

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hollywood Foto-Rhetoric: The Lost Manuscript

23 poemas; 23 fotografias


17

after crashin the sportscar
into the chandelier
i ran out t the phone booth
made a call t my wife. she wasnt home.
i panicked. i called up my best friend
but the line was busy
then i went t a party but couldnt find a chair
somebody wiped their feet on me
so i decided t leave
i felt awful. my mouth was puckered.
arms were stickin thru my neck
my stomach was stuffed an bloated
dogs licked my face
people stared at me an said
“what’s wrong with you?”
passin two successful friends of mine
i stopped t talk.
they knew i was feelin bad
an gave me some pills
i went home an began writin
a suicide note
it was then that i saw
that crowd comin down
the street
i really have nothing
against
marlon brando


21

death silenced her pool
the day she died
hovered over
her little toy dogs
but left no trace
of itself
at her
funeral

os poemas não são os correspondentes das respectivas fotografias

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust


- Judas!!
Uma voz difamatória ouve-se no meio da sala de espectáculos, ditando assim um dos momentos mais marcantes da música moderna e dos concertos ao vivo. Dylan tinha mudado de estilo. De um ídolo da música country idolatrado por milhares de pessoas, cantando músicas de amor, sofrimento, viagens e protesto, passa de repente para um músico rock, eléctrico, que absorve a nova cultura emergente em manhattan, ameaçando destruir a forte cultura tradicional presente na altura. Judas! Chamara-lhe uma vez. Aí sem razão, embora possa ter sido acusado de traição à música e princípios a que estavam habituados os seus admiradores, não deixou de fazer boa música.
- Judas!!
Chamo agora eu a uma das bandas que mais estimo e tenho vindo a estimar ao longo destes últimos anos. Desde pequeno que me lembro de ver aquele estranho álbum com um feto de anjo de ar misterioso e encantador, brilhante entre o azul escuro e envelhecido do papel da capa. Desde essa altura que me lembro das longas viagens de carro a ouvir uma música que sempre gostei, que sempre se deu com os meus ouvidos, e que talvez tenha ajudado a formar o meu actual carácter musical. Anos depois, quando comecei a ganhar consciência do que era verdadeira música e arte, depois de conhecer Glósóli, que me deliciou, retornei ao disco escondido entre Vivaldis e Lou Reeds, por curiosidade, para ouvir coisas novas. Descubro também outro, (), que viria a dar valor tempo depois. Hoje, considero Ágætis Byrjun o melhor álbum de todos os tempos, um álbum que vem deliciar os antigos desejos de Brian Eno ao criar a música experimental, um disco que actua verdadeiramente no corpo, que actua quase como terapia. Um disco que enquanto destrói psicologicamente uns, constrói outros. Um disco que não faz sentido, que está sozinho, isolado, num género completamente novo, sem precedentes, sem nada, que não pode ser comparado com nada porque simplesmente não tem esá relacionado com nada, assumindo-se quase como um novo tipo de arte, apenas parecido com a música em termos de formato.() segue-lhe o rasto, não o conseguindo igualar, mas mantendo-se ao mesmo nível. Já Takk, aproxima-se mais do terreno e afasta-se do divinal, embora não deixando as suas raízes de lado e conseguindo manter-se como um álbum de louvar. Em 2008, depois de um lançamento de um EP, é anunciada o lançamento do novo álbum. A espectativa aumenta. Quando nos são dadas a conhecer as novas obras, através do site oficial, com tristeza constato que os Sigur Rós celestiais, naturais, isolados no tempo e no espaço artístico, já não existem. Os Sigur Rós morreram. Um álbum de influências ditas tribais, embora não saiba bem de que tipo de tribos vem, um álbum de influências de main-stream, de fama fácil, de bandas do momento, de Vampire Weekend (atenção, não quero com isto dizer que são maus, antes pelo contrário), de Kate Nash e ditos músicos desse género e, no entanto, mantendo músicas como que para agradar aos fãs antigos, como feitas por obrigação e, para finalizar em grande, uma música que confirma de facto uma traição, se que assim lhe podemos chamar, às suas raízes, aos seus princípios, e uma ambição por essa fama fácil, cantando pela primeira vez uma música em inglês. Agora só resta esperar por uma possível ressurreição, embora difícil, e deitarmo-nos a ouvir Svefn-g-englar.

domingo, 31 de agosto de 2008

Spiritualized


Após ter sido esventrado pela porcaria do albúm das css(que tinham tudo para fazer o melhor de 2008), fui me consolar com Jason Pierce e o seu mais recente disco,Song in A&E. A música é do melhor que por aí anda, apesar do seu timbre vocal se poder confundir com o de Caleb Followill dos kings of leon, em certas faixas.
De fortes influências e crenças religiosas, solta golpes de intenso gospel e soul, facilmente identificaveis ao longo do cd.
Liricamente, assume se como um apaixonado e deixa fluir nos seus poemas vestigios da sua experiência "quase-morte", que lhe custou várias semanas de cuidados intensivos no hospital, e lhe enchem os poemas de vida. Tudo isto confina um quase-certo melhor albúm de 2008.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tell Tale Signs - The Bootleg Series Volume 8


Dois anos depois do lançamento do aclamado "Modern Times", Bob Dylan anunciou através do seu site na Internet a edição de "Bob Dylan Tell Tale Signs - The Bootleg Series Vol.8 Rare and Unreleased 1989-2006, que será posto à venda em formato físico a partir do dia 7 de Outubro deste mesmo ano. Já é possível fazer a preorder no site oficial, e os 5000 primeiros receberão um poster único desenhado para o autor. NO site é também possível efectuar o download grátis do novo single Dreamin' of You, um excelente trabalho. O alinhamento do álbum é o seguinte:

Disc One
1. Mississippi 6:04 (Unreleased, Time Out of Mind)
2. Most of the Time 3:46 (Alternate version, Oh Mercy)
3. Dignity 2:09 (Piano demo, Oh Mercy)
4. Someday Baby 5:56 (Alternate version, Modern Times)
5. Red River Shore 7:36 (Unreleased, Time Out of Mind)
6. Tell Ol' Bill 5:31 (Alternate version, North Country soundtrack)
7. Born in Time 4:10 (Unreleased, Oh Mercy)
8. Can't Wait 5:45 (Alternate version, Time Out of Mind)
9. Everything is Broken 3:27 (Alternate version, Oh Mercy)
10. Dreamin' of You 6:23 (Unreleased, Time Out Of Mind)
11. Huck's Tune 4:09 (From Lucky You soundtrack)
12. Marchin' to the City 6:36 (Unreleased, Time Out of Mind)
13. High Water (For Charley Patton) 6:40 (Live, August 23, 2003,Niagara Falls, Ontario, Canada)

Disc Two
1. Mississippi 6:24 (Unreleased version #2, Time Out of Mind)
2. 32-20 Blues 4:22 (Unreleased, World Gone Wrong)
3. Series of Dreams 6:27 (Unreleased, Oh Mercy)
4. God Knows 3:12 (Unreleased, Oh Mercy)
5. Can't Escape from You 5:22 (Unreleased, December 2005)
6. Dignity 5:25 (Unreleased, Oh Mercy)
7. Ring Them Bells 4:59 (Live at The Supper Club, November 17, 1993,New York, NY
8. Cocaine Blues 5:30 (Live, August 24, 1997, Vienna, VA)
9. Ain't Talkin' 6:13 (Alternate version, Modern Times)
10. The Girl on the Greenbriar Shore 2:51 (Live, June 30, 1992,Dunkerque, France)
11. Lonesome Day Blues 7:37 (Live, February 1, 2002, Sunrise, FL)
12. Miss the Mississippi 3:20 (Unreleased, 1992)
13. The Lonesome River 3:04 (With Ralph Stanley, from the album Clinch Mountain Country)
14. 'Cross the Green Mountain 8:15 (From Gods and Generals Soundtrack)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Covers

Depois de uma panorâmica nacional em termos de concertos bastante agradável, em que tivemos oportunidade de ouvir grandes nomes como Bob Dylan, Lou Reed, Neil Young, Leonard Cohen (só cá fazia falta o Tom Waits) e os mais recentes Potishead, Bjork, e daqui a uns meses os Sigur Rós (desilusão no último disco, mas um concerto da banda que lançou o que, para mim, é o melhor álbum de todos, Ágætis Byrjun, é sempre digno de se ver), começo a pensar se o Nick Cave terá razão quando, ao referir os mais velhos, disse que não saberia de onde poderiam vir tais vozes, e se alguma vez poderiam ser substituídas. Em termos nacionais, tenho a dizer que por um lado a música que aqui se faz é extemamente fraca porque é igual a tudo, tirando os Wraygunn (que estão de parabéns pelo desempenho europeu), o géniozinho Rodrigo Leão e mais meia dúzia de gatos pingados, e quanto ao resto não faço ideia. Por estas razões, apresento aqui (e finalmente o que me levou a escrever o post) algumas músicas cujos covers só ajudariam a trazer notoriedade a uma banda nova, demonstrando grande nível cultural e intelectual, tanto como um excelente gosto musical. Resumindo, músicas que eu gostaria de ouvir bem tocadas ao vivo, e que certamente teria uma boa recepção perante um público mais interessante:

- Ballad of a Thin Man, Bob Dylan

- Walk On The Wild Side, Lou Reed

- Being for the Benefit of Mr. Kite, The Beatles

- My Heart Is An Apple, The Arcade Fire

- Rock n'Roll Suicide, David Bowie

- She's Lost Control, Joy Division

- We Suck Young Blood (Your Time Is Up), Radiohead

E aqui está a pequena selecção, carente ainda de nomes que ainda não conheço ao nível de escolher músicas deste calibre, como o Neil Young, o Cohen, o Frank Zappa, o Tom Waits, os Pink Floys e os Stones. Em relação à selecção, as músicas tocadas em concerto não devem mostrar muita popularidade (embora não desgoste de ouvir um Like A Rolling Stone ou um Karma Police, bem como muitas outras), o que atrai um público mais sensacionalista, mais superficial, mas sem deixar de lhes desagradar, e ao mesmo tempo demonstrar aos mais refinados que sabem o que é música, escolhendo as melhores obras dos artistas, as mais subtis. Além disso, passo a deixar uma sugestão, um concerto que comece com a leitura, acompanhada por uma música de fundo, do livrete do Highway 61 Revisited, e prosseguindo com o alinhamento completo do álbum. Difícil de conceber e difícil de agradar, mas com certeza que seria um bom espectáculo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Os pontos negros " contos de fadas de sintra a lisboa"



Sacados da cara.

Banksy


Ouvindo uns pontos negros e lendo a revista da discoteca lux frágil, fui confrontado com uma arte que sempre me causara um certo repúdio, devido a aniquilar paredes branquinhas e de nem sempre conter obras interessantes.O grafitti. Mas desta vez emergiu da obscuridade um artista, Banksy, que fez me mudar totalmente de opinião e anular toda a difamação que havia feito relacionada com aquela arte. Este cidadão britânico procura, na sua massa cerebral, a sua criatividade mais provocadora para disparar implacáveis críticas ou, simplesmente, zombar da política mundial, da guarda da rainha inglesa, do capitalismo, do fanatismo e de várias outros temas. Com um magnífico traço artístico, consegue deter e cismar numa parede aquilo que deseja e nada mais. As paredes acariciadas por ele estão a ser alvo de leilões com enormes bases de licitação. Aproveito para exigir que comentem, se não, podem esperar um genocídio ou simples concretização dos ideais políticos de Estaline no nosso estado.

sábado, 12 de julho de 2008

The Times They Are-A-Changing


Como adorador do génio de Bob Dylan não posso deixar de quebrar o silêncio de há muito neste blog, devido tanto à falta de paciência e creatividade como de tempo, com um artigo sobre este grande artista. Mais que um homem, esta personagem é uma lenda, um museu vivo, uma época, um Deus. Começando pela então afamada cultura folk e retorno às origens, aos 20 anos Dylan lança o álbum "Bob Dylan", despoletando então um sucesso que nunca mais ninguém foi capaz de parar. Com álbuns como "The Freewheelin' Bob Dylan" e "The Times They Are-A-Changing", Dylan mostrou ao mundo de que fibra era feito, sendo idolatrado por milhares que sucumbiam ao poder das suas canções de protesto, amor e sofrimento. Já em meados da década de 60, Dylan, já farto de tocar sempre no mesmo molde, e aliciado pelas tentações da música comercial, lança-se para um mundo bastante diferente, o mundo do sexo, drogas e rock n' roll. Em conjunto com os seus grandes amigos Beatles, o pequeno Bobby mostra mais um vez ao mundo que ele não é qualquer um, mas antes que ele é a maior, ou sem dúvida das maiores estrelas que o mundo já teve a honra de conhecer. Surge então a polémica à volta de Dylan. Jesus tinha se tornado Judas. Não conseguindo deixar de o idolatrar mas extremante revoltados pela "traição" à música folk, os fãs causam diversos distúrbios. No entanto, em 66, o músico sofre várias lesões na sequência de um desastr de mota, ficando 8 anos sem digressões e aparecendo somente e espontâneamente em alguns concertos, pouco tempo depois de ter editado o álbum que se viria a tornar um dos seus expoentes máximos, "Blonde on Blonde", em sequência dos últimos dois álbums "Highway 61 Revisited" e "Bringing It All Back Home". Durante os anos de recuperação, Dylan nunca deixou de publicar música, mas foi "Blood On The Tracks", um dos álbums mais esperados de sempre, que veio então a quebrar o silêncio dos oito anos, um álbum mais "blues", com uma mistura fantástica do estilo folk com o ritmo rock. Desde o princípio até aos dias de hoje, com muitos outros álbuns que deram de falar, e dos quais se destacam "Desire" e o mais recente "Modern Times", Dylan mantém a sua dignidade, a sua classe e a sua música. Na verdade, analisando bem toda a sua obra, é nos fácil constatar que Dylan nunca deixou os mesmos moldes, os moldes da música tradicional e a base de toda a outra música. Tenho a dizer que tive o prazer de assistir ao concerto do dia 11 de Julho no Festival Optimus Alive! (que já agora está de parabéns pelo excelente cartaz), e que foi qualquer coisa de fantástico, de transcendente. Digam os jornais o que digam, e que posso compreender pelo facto de terem ficado extremamente irritados e rancorosos por não terem sido autorizadas nem fotografias profissionais nem transmissões televisivas, nem perspectivas ampliadas dele nos ecrãs laterais, o concerto foi do mais expectacular que pode haver. Como alguém disse, Bob Dylan foi igual a si mesmo. O espectáculo começou com o clássico Rainy Day Woman #12 and 35 e com o público a fazer explodir efusivamente vários "Everybody Must Get Stoned". Depois do single de abertura de "Blonde on Blonde", o verdadeiro Dylan mostra-se e toca aquilo que bem lhe apetece e como bem lhe apetece, dando acordes a mais ou a menos e adulterando as músicas a seu belo prazer, o que para uns foi uma seca tremenda e que para outros, dos quais faço parte, uma mostra da sua imensa capacidade criativa e artistica. Por fim, Dylan canta uma maravilhosa Ballad Of A Thin Man, que confesso ser a minha favorita de toda a sua obra, fazendo mais uma vez que o público liberte a sua potência com um tremendo "MISTER JONES". Depois de uma longa pausa cheia de aplausos e gritos, onde só se ouvia a chamar "Bobby" entusiasticamente, "O Músico" volta para um encore com Thunder On The Mountain e com o clássico "Like A Roling Stone", onde o público pode então libertar-se por completo e perguntar "How Does It Feel?", fazendo o próprio Dylan rir-se simpatica e constantemente para o publico ao vê-los cantar assim com uma tal adoração. Com 67 anos de vida, é errado dizer-se que tem 46 anos de música. A música, essa sim, tem 46 anos de Dylan.

sexta-feira, 28 de março de 2008



FUCK CHRISTMAS BABY, I GOT THE BLUES

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia dos Namorados



I wish I were a Warhol silk screen
Hanging on the wall
Or little John or maybe Lou
I'd love to be them all
All New York City's broken hearts
And secrets would be mine
I'd put you on a movie reel
And that will be just fine.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Paredes de Coura 2008

Primeira banda confirmada:

SEX PISTOLS

"a música não é nada de jeito, mas parece que partem o palco a meio do concerto" Control

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Poupar dinheiro (cont.)


Entretanto, enquanto me encontrava a vaguear pela baixa lisboeta, descobri um local onde se pode obter registos discográficos pelo preço mínimo de 5 euros, denomina-se de "Louie Louie" e localiza-se, mais precisamente, na Rua Nova da Trindade. Pessoalmente, encontro me surpreendido por um lugar tão recentemente inaugurado, já ter discos de tão boa qualidade.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Música Para A Semana

2ªfeira- Green Fields, The Good, The Bad and The Queen
3ªfeira- Take Me Out, Franz Ferdinand
4ªfeira- The Man Who Sold The World, David Bowie
5ªfeira- As Above, So Below; Klaxons
6ªfeira- In Limbo, Radiohead

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Poupar dinheiro

Chegamos ao fim de uma semana e sucede se uma coisa incrível, sai a blitz! Que revista maravilhosa!
Intriga me o facto da malta ainda comprar isso, rever a edição anterior é quase a mesma coisa.
para mim é um prazer extremo ver a revista e autodeterminar que não vou comprar aquilo, e mais prazer ainda obtenho ao queimar todas as edições que tenho. Que género de revista escreve sempre o mesmo ou então nunca escreve porque o mesmo não e nada.
Mudando de assunto, existe outra coisa que me impede de descansar, como é possivel alguém substimar os Arcade Fire, comparando os aos Magnetic Fields? Só um gajo estúpido da NME.
Concluíndo esta semana foi bastante produtiva consegui recuperar 5,65 euros devido ás estupidezes de tais jornalistas que se julgam intelectuais, mas que eu não os considero mais do que perfeita merda.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Música Para A Semana

2ªfeira- Atmosphere, Joy Division
3ªfeira- Let's Dance, David Bowie
4ªfeira- Start Wearing Purple, Gogol Bordello
5ªfeira- Packt Like Sardines In A Crushd Tin Box, Radiohead
6ªfeira- Denial Twist, The White Stripes

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Radiohead - Scotch Mist

Música Para A Semana

2ª feira-Neighborhood #1 (Tunnels), The Arcade Fire
3ª feira-Karma Police, Radiohead
4ª feira-Mysterons, Portishead
5ª feira-Sick of You, Lou Reed
6ª feira-Be Your Enemy, The Waterboys