quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Flor Caveira


Já e ordinário ouvir falar de pontos negros ou Tiago guillul, mas agora de João coração? Fosse ele quem fosse tem o seu nº 1 sessões de Cezimbra, entre os destaques duma superfície de não mencionável nome. ouvia-o. O número das canções ia em gradativo crescendo e com a paixão que por este sentia o mesmo sucedia. Sente-se o fado, o patriotismo de um indomável romântico, a sua apetência pelo pecado (apesar de estarem na sua aura vincados indicadores de crença na providência)...
Por ele veiculam boas imagens, se soltam cupidos e matrimonialmente se desvenda a voz ocultada pelo fervoroso amor que sente. Claro está, sem dispensar a participação dos seus irmãos da flor caveira.
Duma escrita bastante sóbria resultam novos rumos que são percorridos e encontrados ao longo da sua audição. Este gent nao deve mais ao sacerdocio ou ao patriarcado, pelo menos, mais do que eles lhe devem a ele. Orou o que havia para orar.

13 comentários:

Guilherme disse...

Quem és tu para falar dele assim?
Percebes lá tu o que vai no seu "coração"...
Cresce e desaparece, fedelho insolente.

Anónimo disse...

quem es tu para assinar com esse nome?

Guilherme disse...

Sou aquele que eu quiser. Desde que não impinja disparates aos outros...

Anónimo disse...

Oh Gui! Não fales assim para as pessoas!

Guilherme disse...

Sim mamã...Mas ele é que começou!

andradeR disse...

"That's a sucker boy!" (só para dar bom tom citar o Tom Waits)

Portanto da conclusão do post posso deduzir que o Papa é o manager de inúmeras bandas?! "Estou siderado pelo medo e pelo espanto." (Hamlet, Cena III, Acto I)

Aaaahh eloquência à força...

Anónimo disse...

vai pá cozinha!

André Filipe Morais disse...

Acabo de ouvir Contos de Fadas de Lisboa a Sintra (e não "contos da estrada de lisboa a sintra", como outrora disse erroneamente). Estudei a letra e deixo aqui, perante quem ouve Pontos Negros , e mais importante e genuíno do que ouvir, perante quem descobre, no deserto musical que tende a ser a música portuguesa, um contemporâneo oásis desconhecido.
Uma história moderna e contemporânea num registo lexico-vocabular a descair para o arcaico, mas claramente da 2ª metade do século passado, pois não recorre à linguagem "tecnológica" recorrente nos dias de hoje. A sublime ironia da letra e a suave e agradável melodia da música alargam o âmbito da audição desta música a outros públicos, porventura não tão receptivos ao que é diferente e genuíno.
Finalmente e para concluir atestando a simplicidade (aqui não entendido como de fraca qualidade, mas como acessível) da música, na minha leiga opinião divido em duas partes a história que lhe está incutida em "antes" e "depois", rematando com uma forte lição de moral-"com uma mulher que calça quarenta há que ter prudência".

Miguel, continua o bom trabalho, a cultura portuguesa agradece.

Salue!

Anónimo disse...

O papa não, os artistas são protestantes. ai essa atençao!

Guilherme disse...

Epa, andré...que grande treta!

A musica portuguesa tem muito por onde dar. Saber ouvir; a chave.
Pontos negros não traz nada de novo..É, alias, um passo atrás. Escrita muito fraca, a comer o pó de artistas que vão muito mais à frente e guitarras que se ouvem desde a revolução the strokes.

Quanto ao João Coração, o interesse reside principalmente, na preguiçosa aristocracia, distorcida pelo sobremodernismo. É o exemplo de que ainda é possível ser-se português, como antigamente, antes da maçonaria, no tempo dos fartos bigodes e tertúlias vespertinas.
Embora, apesar da nobreza de coração (e de ideais, com certeza!), a humildade não podia transparecer mais, sendo prova irrefutável de que a sensibilidade conta, e a musica verdadeira daí advém.
Falando de discursos descomprometidos, com o objectivo único de simplesmente ser (tarefa difícil, enquanto musico) com folclore à mistura, b fachada, o próximo artista que gostava de ver aqui. Segundo as suas próprias palavras, "folque(lore) muito erudito".
Força Mr. Jones!

André Filipe Morais disse...

Together standing tall
Shoulder to shoulder
(...)
Hearts of steel
And heads unbowing
Vowing never to be broken

Anónimo disse...

nunca havia gerado tanta polémica. agora sintam o verdadeiro fito deste lugar no qual se geram motivos de espera, dissidente da harmonia impessoal que ha em beijar a mao a puberdade.

Anónimo disse...

"It harrowes me with fear & wonder"
não acredito Andrade, enganaste-te na cena, é cena I,

imperdoável(1992)