domingo, 31 de agosto de 2008

Spiritualized


Após ter sido esventrado pela porcaria do albúm das css(que tinham tudo para fazer o melhor de 2008), fui me consolar com Jason Pierce e o seu mais recente disco,Song in A&E. A música é do melhor que por aí anda, apesar do seu timbre vocal se poder confundir com o de Caleb Followill dos kings of leon, em certas faixas.
De fortes influências e crenças religiosas, solta golpes de intenso gospel e soul, facilmente identificaveis ao longo do cd.
Liricamente, assume se como um apaixonado e deixa fluir nos seus poemas vestigios da sua experiência "quase-morte", que lhe custou várias semanas de cuidados intensivos no hospital, e lhe enchem os poemas de vida. Tudo isto confina um quase-certo melhor albúm de 2008.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tell Tale Signs - The Bootleg Series Volume 8


Dois anos depois do lançamento do aclamado "Modern Times", Bob Dylan anunciou através do seu site na Internet a edição de "Bob Dylan Tell Tale Signs - The Bootleg Series Vol.8 Rare and Unreleased 1989-2006, que será posto à venda em formato físico a partir do dia 7 de Outubro deste mesmo ano. Já é possível fazer a preorder no site oficial, e os 5000 primeiros receberão um poster único desenhado para o autor. NO site é também possível efectuar o download grátis do novo single Dreamin' of You, um excelente trabalho. O alinhamento do álbum é o seguinte:

Disc One
1. Mississippi 6:04 (Unreleased, Time Out of Mind)
2. Most of the Time 3:46 (Alternate version, Oh Mercy)
3. Dignity 2:09 (Piano demo, Oh Mercy)
4. Someday Baby 5:56 (Alternate version, Modern Times)
5. Red River Shore 7:36 (Unreleased, Time Out of Mind)
6. Tell Ol' Bill 5:31 (Alternate version, North Country soundtrack)
7. Born in Time 4:10 (Unreleased, Oh Mercy)
8. Can't Wait 5:45 (Alternate version, Time Out of Mind)
9. Everything is Broken 3:27 (Alternate version, Oh Mercy)
10. Dreamin' of You 6:23 (Unreleased, Time Out Of Mind)
11. Huck's Tune 4:09 (From Lucky You soundtrack)
12. Marchin' to the City 6:36 (Unreleased, Time Out of Mind)
13. High Water (For Charley Patton) 6:40 (Live, August 23, 2003,Niagara Falls, Ontario, Canada)

Disc Two
1. Mississippi 6:24 (Unreleased version #2, Time Out of Mind)
2. 32-20 Blues 4:22 (Unreleased, World Gone Wrong)
3. Series of Dreams 6:27 (Unreleased, Oh Mercy)
4. God Knows 3:12 (Unreleased, Oh Mercy)
5. Can't Escape from You 5:22 (Unreleased, December 2005)
6. Dignity 5:25 (Unreleased, Oh Mercy)
7. Ring Them Bells 4:59 (Live at The Supper Club, November 17, 1993,New York, NY
8. Cocaine Blues 5:30 (Live, August 24, 1997, Vienna, VA)
9. Ain't Talkin' 6:13 (Alternate version, Modern Times)
10. The Girl on the Greenbriar Shore 2:51 (Live, June 30, 1992,Dunkerque, France)
11. Lonesome Day Blues 7:37 (Live, February 1, 2002, Sunrise, FL)
12. Miss the Mississippi 3:20 (Unreleased, 1992)
13. The Lonesome River 3:04 (With Ralph Stanley, from the album Clinch Mountain Country)
14. 'Cross the Green Mountain 8:15 (From Gods and Generals Soundtrack)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Covers

Depois de uma panorâmica nacional em termos de concertos bastante agradável, em que tivemos oportunidade de ouvir grandes nomes como Bob Dylan, Lou Reed, Neil Young, Leonard Cohen (só cá fazia falta o Tom Waits) e os mais recentes Potishead, Bjork, e daqui a uns meses os Sigur Rós (desilusão no último disco, mas um concerto da banda que lançou o que, para mim, é o melhor álbum de todos, Ágætis Byrjun, é sempre digno de se ver), começo a pensar se o Nick Cave terá razão quando, ao referir os mais velhos, disse que não saberia de onde poderiam vir tais vozes, e se alguma vez poderiam ser substituídas. Em termos nacionais, tenho a dizer que por um lado a música que aqui se faz é extemamente fraca porque é igual a tudo, tirando os Wraygunn (que estão de parabéns pelo desempenho europeu), o géniozinho Rodrigo Leão e mais meia dúzia de gatos pingados, e quanto ao resto não faço ideia. Por estas razões, apresento aqui (e finalmente o que me levou a escrever o post) algumas músicas cujos covers só ajudariam a trazer notoriedade a uma banda nova, demonstrando grande nível cultural e intelectual, tanto como um excelente gosto musical. Resumindo, músicas que eu gostaria de ouvir bem tocadas ao vivo, e que certamente teria uma boa recepção perante um público mais interessante:

- Ballad of a Thin Man, Bob Dylan

- Walk On The Wild Side, Lou Reed

- Being for the Benefit of Mr. Kite, The Beatles

- My Heart Is An Apple, The Arcade Fire

- Rock n'Roll Suicide, David Bowie

- She's Lost Control, Joy Division

- We Suck Young Blood (Your Time Is Up), Radiohead

E aqui está a pequena selecção, carente ainda de nomes que ainda não conheço ao nível de escolher músicas deste calibre, como o Neil Young, o Cohen, o Frank Zappa, o Tom Waits, os Pink Floys e os Stones. Em relação à selecção, as músicas tocadas em concerto não devem mostrar muita popularidade (embora não desgoste de ouvir um Like A Rolling Stone ou um Karma Police, bem como muitas outras), o que atrai um público mais sensacionalista, mais superficial, mas sem deixar de lhes desagradar, e ao mesmo tempo demonstrar aos mais refinados que sabem o que é música, escolhendo as melhores obras dos artistas, as mais subtis. Além disso, passo a deixar uma sugestão, um concerto que comece com a leitura, acompanhada por uma música de fundo, do livrete do Highway 61 Revisited, e prosseguindo com o alinhamento completo do álbum. Difícil de conceber e difícil de agradar, mas com certeza que seria um bom espectáculo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Os pontos negros " contos de fadas de sintra a lisboa"



Sacados da cara.

Banksy


Ouvindo uns pontos negros e lendo a revista da discoteca lux frágil, fui confrontado com uma arte que sempre me causara um certo repúdio, devido a aniquilar paredes branquinhas e de nem sempre conter obras interessantes.O grafitti. Mas desta vez emergiu da obscuridade um artista, Banksy, que fez me mudar totalmente de opinião e anular toda a difamação que havia feito relacionada com aquela arte. Este cidadão britânico procura, na sua massa cerebral, a sua criatividade mais provocadora para disparar implacáveis críticas ou, simplesmente, zombar da política mundial, da guarda da rainha inglesa, do capitalismo, do fanatismo e de várias outros temas. Com um magnífico traço artístico, consegue deter e cismar numa parede aquilo que deseja e nada mais. As paredes acariciadas por ele estão a ser alvo de leilões com enormes bases de licitação. Aproveito para exigir que comentem, se não, podem esperar um genocídio ou simples concretização dos ideais políticos de Estaline no nosso estado.