quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Jerome David Salinger


Noventa e um anos, vinte e sete dias depois de ter nascido, morre J. D. Salinger, nova-iorquino, escritor.
"The Catcher In The Rye", fabuloso registo de uma mente única (ou talvez não única, mas comum), dos três dias passados por um jovem Holden Caulfield, um jovem que já há muito o deixou de ser, o branco dos seus cabelos o denuncia, vagueando na ausente cidade de Nova Iorque, como vagueia pela vida. Vida, em que o que perdeu não o soube aproveitar, que ao mesmo tempo parece rejeitá-lo e ser rejeitada, que afinal não é o que Holden julgava ser, ou simplesmente é ele que não é quem julga ser. Desde a casa do sensato professor de história, à prostituta de vestido verde, aos patos de central park, cujo destino desconhece quando gela o lago, ao derradeiro carrossel, onde vê a pequena Phoebe ali, às voltas, às voltas, e se sente feliz, toda a vida, a mente humana, os altos e baixos da sociedade, a reclusão humana, a inconsciência, a saudade, a angústia, a frustração, se condensam neste só rapaz que, lentamente, alheio àquilo que reflecte, inocente e vago, percorre ébrio os percursos do parque, em direcção ao lago gelado.
Depois de ler esta obra, é inquestionável a genialidade de Salinger, cujo restante trabalho é, no entanto, de realçar. Vários contos e outras novelas dão continuidade a todo este mundo de alienação e loucura, reforçando o forte estilo literário e um merecido reconhecimento.
Resta-nos esperar que a sua memória não se desvaneça na sociedade, e que as suas obras perdurem por muitas e muitas gerações, para que estas possam aprender e viver com Holden Caulfield e todas as suas criações.

domingo, 24 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

...ainda sobre o mesmo...

"o pungente e espelhado retrato de johnny revestido pelas cavalgadas mundanas que mais tarde viria a ser o grunge, a aculturação das vivências underground, a imposição do veludo às massas, num banquete de vicissitudes laboralizadas por uma fotografia banal , tudo isto criou o ambiente de glória no qual não se culpabiliza outro senão Judas, de todos os nossos pecados"


companheiro de quarto

Patti Smith's Horses

Lançado em 1975, e produzido pelo ex-velvet undergroung John Cale, Horses apresenta-se nos uma obra-prima da música contemporânea. Um álbum que retrata uma mistura entre a rebeldia e a vivacidade da juventude, do rock n’ roll, a degradação do espaço urbano como obra de arte, o underground, o vintage, a profundidade da poesia, dos sentimentos, desta amante de Verlaine’s e Rimbaud’s. Um retrato dos quartos negros e sujos cheios de vida que, por dela se distanciarem, se aproximam do seu âmago, dos degradados edifícios de uma sempre rejuvenescida Nova Iorque, dos restos da utopia pós-guerra, do recomeçar das cinzas dos sessenta, do nascer do punk e das novas sonoridades, de uns Clash, Sex Pistols ou de uns magistrais Joy Division. De uma televisão a preto e branco, papel de parede negro de humidade, álcool, fumo, olheiras, cansaço e vida, da brasa que continua vermelha depois de a chama se apagar. Da vivacidade, da energia, da juventude, da vida, da loucura pura que nos atinge o núcleo do cérebro e nos electrifica, sem nunca largarmos o pé desse buraco negro que nos afasta da alegria e nos arrasta para a poesia, para a negra perfeição, para a beleza do degredo. O piano ressoa essa profundidade, a voz rouca e as obscuras letras que nos conduzem pelas igualmente obscuras vielas da humanidade, da negrura, do seu âmago, essa voz que nos lembra um Lou Reed, a loucura nova-iorquina, as festas, o delírio, a alucinação, e o escuro de tudo isso, a rebeldia que ardia dentro dos sempre jovens corpos que faziam a cidade de Nova Iorque, a rouquidão da experiência, da noite que há muito começou, da felicidade, da loucura, a guitarra estonteante, o som abafado, rasgado impunemente pelos impulsos explosivos mas naturais, humanos. De uma irresponsabilidade, de uma infância escura que permanece em nós para sempre, do forte bafo a álcool, que Patti nos consegue transmitir, como uma injecção de profundidade, um tiro de loucura, de epilepsia, de uma eterna juventude, que com o seu lado negro, a sua face oculta de todos e de si própria, explode em toda a sua dimensão, em rock n’ roll. A descontracção, a emancipação, a rendição à vida. O preto e branco. Horses de Patti Smith.


Este texto foi originalmente publicado no jornal da Escola Secundária Infanta Dona Maria, pelo que lamentamos a não exclusividade deste, apenas justificada pela falta de tempo, paciência e inspiração.

domingo, 1 de março de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009


By Bob Dylan
i'm standing there watching the parade/
feeling combination of sleepy john estes.
jayne mansfield. humphry bogart/morti-
mer snerd. murph the surf and so forth/
erotic hitchhiker wearing japanese
blanket. gets my attention by asking didn't
he see me at this hootenanny down in
puerto vallarta, mexico/i say no you must
be mistaken. i happen to be one of the
Supremes/then he rips off his blanket
an suddenly becomes a middle-aged druggist.
up for district attorney. he starts scream-
ing at me you're the one. you're the one
that's been causing all them riots over in
vietnam. immediately turns t a bunch of
people an says if elected, he'll have me
electrocuted publicly on the next fourth
of july. i look around an all these people
he's talking to are carrying blowtorches/
needless t say, i split fast go back t the
nice quiet country. am standing there writing
WHAAT? on my favorite wall when who should
pass by in a jet plane but my recording
engineer "i'm here t pick up you and your
lastest works of art. do you need any help
with anything?''
(pause)
my songs're written with the kettledrum
in mind/a touch of any anxious color. un-
mentionable. obvious. an people perhaps
like a soft brazilian singer . . . i have
given up at making any attempt at perfection/
the fact that the white house is filled with
leaders that've never been t the apollo
theater amazes me. why allen ginsberg was
not chosen t read poetry at the inauguration
boggles my mind/if someone thinks norman
mailer is more important than hank williams
that's fine. i have no arguments an i
never drink milk. i would rather model har-
monica holders than discuss aztec anthropology/
english literature. or history of the united
nations. i accept chaos. I am not sure whether
it accepts me. i know there're some people terrified
of the bomb. but there are other people terrified
t be seen carrying a modern screen magazine.
experience teaches that silence terrifies people
the most . . . i am convinced that all souls have
some superior t deal with/like the school
system, an invisible circle of which no one
can think without consulting someone/in the
face of this, responsibility/security, success
mean absolutely nothing. . . i would not want
t be bach. mozart. tolstoy. joe hill. gertrude
stein or james dean/they are all dead. the
Great books've been written. the Great sayings
have all been said/I am about t sketch You
a picture of what goes on around here some-
times. though I don't understand too well
myself what's really happening. i do know
that we're all gonna die someday an that no
death has ever stopped the world. my poems
are written in a rhythm of unpoetic distortion/
divided by pierced ears. false eyelashes/sub-
tracted by people constantly torturing each
other. with a melodic purring line of descriptive
hollowness -- seen at times through dark sunglasses
an other forms of psychic explosion. a song is
anything that can walk by itself/i am called
a songwriter. a poem is a naked person . . . some
people say that i am a poet
(end of pause)
an so i answer my recording engineer
"yes. well i could use some help in getting
this wall in the plane"


para partilhar um pouco de poesia (se assim poderá ser chamada), rigorosamente transcrita do álbum que marcou o início de uma época e o fim de outra, para o autor e para o mundo, "Bringing It All Back Home". Através dos pequenos textos presentes tanto neste álbum como no que se lhe seguiria e que registaria o culminar artístico de Dylan, "Highway 61 Revisited", ou do seu livro "Tarântula", obra de elevado nível de interesse que explora campos como o da abstracção, da simples musicalidade das palavras, ou da poesia profunda (ou demasiado superficial?), é nos mostrado um pouco do que era o seu mundo (ou o que aparentava ser), e do que era, e ainda continua a ser, o Mundo, observações passageiras, histórias mais verídicas do que aparentam, divagações surrealistas e de intrincada complexidade resultantes numa ou várias perturbações mentais, tanto no autor como no leitor e, sempre presente, o toque magistral de Dylan.

domingo, 11 de janeiro de 2009

The Walkmen


Agora que não sou dissimulado, que se escondia debaixo das saias de mister jones, para assim, ser ouvido ou lido, que receava as portas já abertas pelas quais se via a rua e o caminho para o desconsolo e que uma vez vistas deixavam de lado a sua intrasponibilidade. De momento, já me encontro confiante, cá fora, e com o direito de vos falar de um dos grandes discos do ano, falo claro de you&me.
Este último surge-se com mais quatro irmãos, sendo o mais novo mas não o menos maduro. Criança adorável esta! Nasceu já a saber como satisfazer nos a todos, sem fugir à precedência. É o culminar deste saber já antigo de dar ao piano o papel mais audivél, uma admirável voz, roubada a Tom Petty ( comentário igualmente roubado a meu pai), e espontâneas guitarradas, suscitando amplitudes sonoras a cheirar a euforia norte-americana. De dónde está la playa a if only it were true, findando este seu disco mas não uma auspiciosa carreira, e, passando pela desfrisante in the new year ( mesmo a calhar) e, também por canadian girl, retirando o protagonismo ás outras duas, que principiam e acabam este CD. Porquanto, todos foram criados quase como um arremesso à cabeça alheia com o fito de a acordar para cultura pop. Quero com isto deixar sublinhado o facto de as boas bandas andarem por aí cobertas por si ou simplesmente pela exaustiva comercialização de outras. Para formar a regra existem algums bons grupos, tais como spiritualized, vampire weekend entre outros... Saúdo-vos e um bom ano.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Flor Caveira


Já e ordinário ouvir falar de pontos negros ou Tiago guillul, mas agora de João coração? Fosse ele quem fosse tem o seu nº 1 sessões de Cezimbra, entre os destaques duma superfície de não mencionável nome. ouvia-o. O número das canções ia em gradativo crescendo e com a paixão que por este sentia o mesmo sucedia. Sente-se o fado, o patriotismo de um indomável romântico, a sua apetência pelo pecado (apesar de estarem na sua aura vincados indicadores de crença na providência)...
Por ele veiculam boas imagens, se soltam cupidos e matrimonialmente se desvenda a voz ocultada pelo fervoroso amor que sente. Claro está, sem dispensar a participação dos seus irmãos da flor caveira.
Duma escrita bastante sóbria resultam novos rumos que são percorridos e encontrados ao longo da sua audição. Este gent nao deve mais ao sacerdocio ou ao patriarcado, pelo menos, mais do que eles lhe devem a ele. Orou o que havia para orar.

sábado, 22 de novembro de 2008

40 Anos de Arte, Criatividade e Brancura

Foi há quarenta anos, no dia 22 de Novembro, que Os 4 de Liverpool lançaram aquele que viria a ser um dos mais aclamados álbums de sempre. Um conjunto de trinta músicas, seguindo o exemplo do disco duplo de Blonde on Blonde, revelando um enorme conjunto de experiências, de rasgos de inspiraçao, daquilo que, no fundo, era a mente de cada um, uma mistura entre o passado, o futuro e, acima de tudo, o presente. Uma euforia que deixou de ser conjunta para passar a individual, desvanecendo-se cada vez mais, uma riqueza criativa crescente, com uma aplicação extraordinária de toda uma experiência angariada nos únicos inimagináveis 8 anos de carreira séria, em que viajaram de pubs perdidos nas sujas cidades inglesas, que, anos depois, serviriam de palco para o movimento punk, até às coloquiais salas em que a alegria de ser jovem reinava, juntamente com a expansão do culto da droga, junto de mestres como Bob Dylan e de pupilos como os Rolling Stones. Basicamente um registo, uma impressão daquilo que lhes saía do corpo, depois de 8 anos de intensivo cultivo e mutação. Um álbum que é fruto do presente, o ponto de viragem entre a utopia do futuro e a melancolia do passado.


Deixo-vos com o texto publicado no blog sound + vision nste mesmo dia e com este mesmo propósito:

Em 1968 o rock’n’roll acordou do garrido e inspirador sonho caleidoscópico em que vivera entre 1966 e 67, e acordou perante os pesadelos do mundo real. O Vietname em guerra e os protestos pela paz. As mortes de Luther King e Robert Kennedy a assombrar um ano eleitoral americano que termina com a primeira vitória de Nixon. A resposta totalitária e implacável à breve “Primavera” em Praga. O fim derrotado (apesar das conquistas entretanto lançadas para sociedade) dos que saíram às ruas de Paris, no mês de Maio...Os pesadelos chegavam do mundo em seu redor, mas também de dentro do próprio universo do rock’n’roll. Os Pink Floyd perdiam Syd Barrett. Brian Jones dava o seu último concerto com os Rolling Stones que entravam em nova etapa de vida ao som de Beggars' Banquet. Os Beach Boys viviam na pele um ano de desaire, com evidente fuga de velhos admiradores para outras paragens. Enquanto isto, em Londres, os Beatles apresentavam um novo álbum. A 22 de Novembro. Faz hoje 40 anos.A história do disco começa alguns meses antes. Em Maio de 1968, depois de chegados de uma temporada na Índia (em meditação com o Maharishi Mahesh), reúnem-se em casa de George Harrison para trabalhar. Gravam 23 maquetes e definem o caminho para o que seria um novo disco. Acabaria por se chamar simplesmente The Beatles. Seria um álbum duplo, e um dos mais importantes da sua obra. Mas os quatro músicos sentiram, ao gravá-lo, que era o princípio do fim. Como reacção ao excesso de informação de Sgt. Peppers (de 1967), optaram por uma simples capa branca, aí nascendo o nome White Album (o tal Álbum Branco) pelo qual ficou conhecido.O disco revelava uns Beatles mais versáteis que nunca, num alinhamento de grandes canções (como Back in the USSR, Savoy Truffle, ou Dear Prudence) que ia das mais discretas baladas ao mais intenso hard rock. Não faltavam motivos para aclamar, novamente, uma banda que escrevia a história... Mas poucos imaginavam quão assombrado todo o projecto nascera. Com apenas uma canção de Lennon e McCartney verdadeiramente escrita a dois (apesar de todas serem co-assinadas), o disco revelava uma evidente separação de interesses. Paul cantando essencialmente o amor, John ensaiando um registo mais crítico e aguerrido. George e Ringo também presentes como autores.Primeiro disco gravado depois da criação da Apple Corps, era um álbum feito por músicos que agora também eram empresários. A morte de Brian Epstein e a presença de Yoko Ono sublinharam um clima que acabou expresso num álbum fruto do seu tempo. Um álbum de 1968, o ano um depois do sonho psicadélico.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"and in the end, the love you take is equal to the love you make"

Como o distante tilintar de um qualquer piano, perdido, num qualquer cabaret, onde o condensado cheiro a tabaco e o livro de cima da mesa reavivam velhas memórias, para as lembrar que não passam senão disso, memórias, dando tudo o que havia e ainda há para dar, libertando o último suspiro, mas talvezo mais profundo, depois de um longo e cansativo dia de trabalho, Abbey Road apresenta um decaír da sociedade, de todos os princípios, da subjectividade da realidade, de uma banda que representou todo um movimento que hoje sustenta a complexidade da base artística em que vivemos. Todo um individualismo arrepiante, não tanto para o ouvinte, mas para o autor em si, destinado ao fim, e que num rasgo de inconsciência artística, nos tenta dar, ou tenta dar a si mesmo aquilo para que foi feito, a arte pura. O fim estava próximo, a euforia acabara já em The Beatles, o espectro do futuro era presença constante no estudo, sob a forma de Ono, a ânsia de poder começava a crescer nas mentes, a consciência de si mesmos, a dignidade de cada um e o respeito para com cada um fizeram-se ouvir, mas já todos o sabiam, o pavio há muito que se apagara. O experimentalismo futurista, as baladas prolongadas, as tentativas de parar a sequência natural dos acontecimentos, já por si conscientes do falhanço, a necessidade de se afirmar, e os rasgos melancólicos de súbita consciência, obscura, assombrosa e carregada de passado. A vida acabou ali, naquele momento parado no tempo, finalizando todo um ciclo que provavelmente nunca se voltará a repetir. A vida de uma década que construiu o mundo, a arte, e cuja influência constitui hoje a maior parte do nosso ser. A seriedade das músicas não engana, tal como a expressão daqueles quatro rostos naquela manhã de Agosto, a melancolia, a ânsia de acabar e de ao mesmo prosseguir, a explosão de arte, de sabores, de tudo o que acontece sepre que ouvimos um "something in the way she moves", ou num "here comes the sun king", em todos os mais pequenos momentos ao longo das dezassete composições d'Aquele Álbum, desde a monotoneidade rebumbante de "I Want You (She's So Heavy)" à esquecida por muitos "Her Majesty", na rajada do medley, das sete músicas interligadas extraordináriamente, criando quase como um organismo vivo cpaz de destruir o nosso, ou na assombrosa "Because". Hoje, dos quatro, dois vivem, mas naquele preciso momento, naquele vislumbrar momentâneo de um traunsente, naquele disparar fotográfico, nenhum deles sobreviveu ao fim, à fotografia que permanecerá para sempre como o momento da morte, da apoptose da arte, e do nascimento de um Homem Novo. A passadeira não mais será transposta.

"Esta gente parece ter alma, porque a música está a tocar"
José Gomes Ferreira

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Thom yorke & Bjork - " Náttúra "



Que posso eu dizer senão "magnifica conivência"?

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

"Ai Portugal meu país cheio de sonho",

parece que o citar d'Os Pontos Negros serve apenas e fundamentalmente para nos descairmos sobre o estado da música portuguesa, nos últimos anos em catadupa. Todavia há mais que uma mera vertente musical neste contexto, é por este meio também ecoado o permanente e actual lamento da nossa nação.
Estes indivíduos, cujo nome, ao contrário do que glorificam,que remete para a sua sujidade jovial, não são nada menos que "profetas"(pois mortificam uma limpeza demasiado madura). Bem mais importante que a mensagem de que é necessário um tumultuoso número de perseguidores seus, é a ideia de prestar contas com determinados seres, de entre os quais muitos entes da burla (seres esses, como é claro, sem precedentes) pertencentes a entidades de nome de infímo prestigio, tão pouco que o nome mal merece ser mencionado num blogue, que fragmentaram o poder ideológico e histórico que a este país é inerente.
Formulando uma despedida, afirmo e exponho que é deveras necessário, para concretizar o sonho que este povo tão pouco vê realizado, uma infinidade de retóricas de maioridade mental, salvando nos assim desta lacuna. Precisamos de um isótopo nosso, qualitativamente semelhante a BOB DYLAN!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

7 de Outubro

Foi neste dia, deste mesmo mês, que há quarenta anos atrás veio ao mundo um dos maiores génios musicais da actualidade. Através de 7 álbuns editados com os Radiohead, mais um grande álbum a solo, veio comprovar o seu infindável e crescente fluxo de criatividade, mestria instrumental e capacidade estética. É, portanto, dever geral congratular este grande artista de quem tivemos ao benefício de ser contemporâneos.

Tell Tale Signs - The Bootleg Series Volume 8


E, depois de um longo tempo de espera, já saiu.




Álbum essencial para todos os apreciadores de Dylan e de música em geral.

sábado, 4 de outubro de 2008

Conferiu-se em Leonard Cohen, a transversalidade

Quero aqui recordar

o Cohen. ele que ainda não morreu, mas merece uma infinidade de tributos. Apesar de ouvir falar dele e nas todas suas 11 obras literárias, a música dele, que remete peremptóriamente a Ele, como também para a força, sexualidade e vitalidade, sempre me foi desconhecida. Contudo, ontem liguei o aipode nano e a minha anarquia levou me à letra L que, por sua vez, me encaminhou para Leonard Cohen cuja obra profética passível de ser ouvida dava pelo nome de Songs of Leonard Cohen, comprovando então a completa falta de coesão entre o nome nano, do ipod, e o seu incomensurável e sublime conteúdo. Aquele degolador judeu siderou me. Compreendo agora todos aqueles que o ouvem, e que com esse mesmo zumbido tocam até mais não, excluíndo o não da sua comunicação (comunicação essa, de toda a ordem).
A vassilagem que a ele é prestada transformou se em complemento físico e psicológico para aqueles que com isso cumpriam e a avaliar pelo modo de estar ou disposição dos seus fans, feliz, e justificavel a apelidação de génio. Assim, encontramos o ente mais próximo D'ele, Leonard Cohen. visitem-no. http://www.leonardcohen.com/