quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Covers

Depois de uma panorâmica nacional em termos de concertos bastante agradável, em que tivemos oportunidade de ouvir grandes nomes como Bob Dylan, Lou Reed, Neil Young, Leonard Cohen (só cá fazia falta o Tom Waits) e os mais recentes Potishead, Bjork, e daqui a uns meses os Sigur Rós (desilusão no último disco, mas um concerto da banda que lançou o que, para mim, é o melhor álbum de todos, Ágætis Byrjun, é sempre digno de se ver), começo a pensar se o Nick Cave terá razão quando, ao referir os mais velhos, disse que não saberia de onde poderiam vir tais vozes, e se alguma vez poderiam ser substituídas. Em termos nacionais, tenho a dizer que por um lado a música que aqui se faz é extemamente fraca porque é igual a tudo, tirando os Wraygunn (que estão de parabéns pelo desempenho europeu), o géniozinho Rodrigo Leão e mais meia dúzia de gatos pingados, e quanto ao resto não faço ideia. Por estas razões, apresento aqui (e finalmente o que me levou a escrever o post) algumas músicas cujos covers só ajudariam a trazer notoriedade a uma banda nova, demonstrando grande nível cultural e intelectual, tanto como um excelente gosto musical. Resumindo, músicas que eu gostaria de ouvir bem tocadas ao vivo, e que certamente teria uma boa recepção perante um público mais interessante:

- Ballad of a Thin Man, Bob Dylan

- Walk On The Wild Side, Lou Reed

- Being for the Benefit of Mr. Kite, The Beatles

- My Heart Is An Apple, The Arcade Fire

- Rock n'Roll Suicide, David Bowie

- She's Lost Control, Joy Division

- We Suck Young Blood (Your Time Is Up), Radiohead

E aqui está a pequena selecção, carente ainda de nomes que ainda não conheço ao nível de escolher músicas deste calibre, como o Neil Young, o Cohen, o Frank Zappa, o Tom Waits, os Pink Floys e os Stones. Em relação à selecção, as músicas tocadas em concerto não devem mostrar muita popularidade (embora não desgoste de ouvir um Like A Rolling Stone ou um Karma Police, bem como muitas outras), o que atrai um público mais sensacionalista, mais superficial, mas sem deixar de lhes desagradar, e ao mesmo tempo demonstrar aos mais refinados que sabem o que é música, escolhendo as melhores obras dos artistas, as mais subtis. Além disso, passo a deixar uma sugestão, um concerto que comece com a leitura, acompanhada por uma música de fundo, do livrete do Highway 61 Revisited, e prosseguindo com o alinhamento completo do álbum. Difícil de conceber e difícil de agradar, mas com certeza que seria um bom espectáculo.

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